Pernambuco é conhecido pela sua riqueza de atrações naturais. O estado é tão diversificado que, somente nele, é possível aproveitar das águas mornas do litoral ao friozinho das cidades altas do Agreste, por exemplo. Aqui, o que não faltam são destinos interessantes pra conhecer.
Um dos mais surpreendentes fica a 130 km do Recife e encanta a todos que passam por lá. Cachoeiras naturais de águas limpas e revigorantes são a principal da cidade de Bonito, no Agreste Pernambucano. Convidamos uma pessoa que foi lá para nos dar todas as dicas para passar um final de semana nesse município. Leiam o relato entusiasmado e vejam as fotos do jornalista Franco Benites e descubram o porquê da cidade ter recebido este nome.
Há uma saudável "ditadura" para os brasileiros quando o assunto é turismo. Quem mora no Nordeste, quer porque quer conhecer Buenos Aires, Rio de Janeiro ou Fernando de Noronha. É quase uma regra. Se você já não fez isso, certamente um amigo ou familiar tomou o rumo de um desses destinos. Para os habitantes de Pernambuco, a "ditadura" impõe que se conheça Bonito, cidade do Agreste. Nas conversas sobre para onde ir em um fim de semana de folga, era comum que ouvisse de algum amigo: "vai conhecer as cachoeiras de Bonito".
No final de fevereiro, as vésperas do nosso aniversário de namoro, eu e minha namorada Vanessa, "cruzamos a fronteira". Não, Bonito não fica tão longe assim do Recife. Está distante a cerca de 1h30 de carro, mas deixamos de habitar o lado de cá da cerca - daqueles que recebem mil recomendações sobre a cidade - para finalmente ingressar no grupo que um belo dia vai recomendar: "vai conhecer as cachoeiras de Bonito".
(Foto: Arquivo pessoal)
Entenderam porque o lugar se chama Bonito? |
É possível ir de carro ou ônibus (excursões) para passar apenas um dia perambulando pelas cachoeiras da zona rural de Bonito. Os passeios podem ser feitos com guias cadastrados na prefeitura da cidade. Eu e Vanessa fomos de carro no sábado e preferimos voltar no domingo, fazendo tudo sem guia. Quem escolhe essa alternativa, pode optar por hotéis-fazenda ou pousadas no centro da cidade. Nesse caso, é preciso percorrer cerca de 20 km para chegar à cachoeira mais próxima.
Véu da Noiva encanta
Nossa primeira parada foi na cachoeira mais conhecida de Bonito, a Véu da Noiva. Vou economizar na descrição do local, pois as fotos fazem isso melhor do que eu. Como as cachoeiras ficam em propriedades particulares, e a Véu da Noiva não foge à regra, é preciso pagar uma taxa por pessoa. No topo da cachoeira, há instrutores de rapel para quem preferir descer os 18 metros da queda d´água com mais emoção.
Deixamos o rapel de lado e fomos até a base da cachoeira por uma escadaria bastante irregular. Não, esse não foi o caminho mais fácil. Há trechos com degraus (precários) de madeira e o percurso também exige habilidades de montanhistas para superar algumas rochas. Como recompensa, a chance de tomar um banho de água limpa e revigorante (além de bastante fria). Uma vez dentro da água, cuidado com o lodo.
Uma queda pode ser fatal. Reserve fôlego para a subida. É divertido e cansativo na mesma medida. Ainda no sábado, fomos à cachoeira Barra Azul. De todas, foi a melhor para tomar banho. Ao contrário da Véu da Noiva, que conta com um bar, essa oferece uma módica barraquinha. Estava vazia quando chegamos e pudemos desfrutar de um pequeno paraíso só nosso. Para chegar até a parte do banho, use a corda de apoio. Na descida, vacilei e levei minha primeira queda. Por sorte, os efeitos se resumiram a uma dor passageira no punho.
Em seguida, foi a vez de conhecer a Cachoeira do Mágico, cuja entrada também é paga. Há uma área específica para camping se o desejo for um pouco mais de aventura. E por falar em aventura, durante um passeio pelo lugar, nos deparamos com uma serpente de porte médio, que passou na frente de Vanessa. Tomamos um susto, mas a cobra tava mais a fim de achar um lugar entre as folhas. Tratamos de nos acomodar em uma mesa ao ar livre para curtir a parte gastronômica. Foi na Cachoeira do Mágico onde dei meu segundo vacilo. Dessa vez, a natureza cobrou um preço maior com cortes e arranhões nas costas.
No domingo, um pouco já enfadados e com as pernas bastante doloridas por tanto sobe-e-desce, fomos ao Ecoparque. Trata-se de um clube de campo mais organizado e isso fica claro na entrada pelo preço cobrado. O lugar tem rapel, arvorismo, trilhas, tirolesa, restaurante e piscina. De todas as propriedades que visitamos, foi a que encontramos mais gente e isso não é necessariamente bom. Às vezes, o silêncio e a tranquilidade ajuda a aproveitar melhor o passeio.
Cuidado nunca é demais
Marinheiros de primeira viagem, eu e Vanessa investimos em uma bolsa térmica com bebidas na hora de explorar a Véu da Noiva. Esqueça isso. Escalar rochas com um peso nas costas vai exigir um sacrifício desnecessário. No máximo, leve água, pois a hidratação não pode ser relegada a segundo plano. Protetor solar também é item obrigatório. Se você é do tipo que se diverte mais se tiver bebida e comida por perto, não esquente: os bares oferecem de tudo um pouco a preços honestos.
Dentro do veículo, tenha atenção na estrada. Ela é bem asfaltada, mas é muito (bote muito nisso) sinuosa e não permite vacilos. Dirija por você e pelos outros, pois certamente há quem encha a lata de álcool e pegue no carro depois. Não sei como é a vida de quem fica nos hotéis-fazenda, mas no centro da cidade há opções modestas de janta. Nada muito caro, mas nenhuma comida muito refinada (para quem gosta). Nossa pedida foi a Pizzaria Zucca´s, indicada pelo pessoal da nossa pousada. Lá, fomos atendidos pela própria dona, que circula por entre as mesas para saber se tá tudo bem.
Procuramos um forró para dançar, mas não achamos. Então, o cansaço pode bater e a combinação ar-condicionado + cervejinha (ou vinho) + petiscos + mais um amor ao lado talvez seja o melhor negócio à noite. Nós recomendamos!
(Fotos: Arquivo pessoal)
Em seguida, foi a vez de conhecer a Cachoeira do Mágico, cuja entrada também é paga. Há uma área específica para camping se o desejo for um pouco mais de aventura. E por falar em aventura, durante um passeio pelo lugar, nos deparamos com uma serpente de porte médio, que passou na frente de Vanessa. Tomamos um susto, mas a cobra tava mais a fim de achar um lugar entre as folhas. Tratamos de nos acomodar em uma mesa ao ar livre para curtir a parte gastronômica. Foi na Cachoeira do Mágico onde dei meu segundo vacilo. Dessa vez, a natureza cobrou um preço maior com cortes e arranhões nas costas.
No domingo, um pouco já enfadados e com as pernas bastante doloridas por tanto sobe-e-desce, fomos ao Ecoparque. Trata-se de um clube de campo mais organizado e isso fica claro na entrada pelo preço cobrado. O lugar tem rapel, arvorismo, trilhas, tirolesa, restaurante e piscina. De todas as propriedades que visitamos, foi a que encontramos mais gente e isso não é necessariamente bom. Às vezes, o silêncio e a tranquilidade ajuda a aproveitar melhor o passeio.
(Foto: Arquivo pessoal)
Cuidado nunca é demais
Marinheiros de primeira viagem, eu e Vanessa investimos em uma bolsa térmica com bebidas na hora de explorar a Véu da Noiva. Esqueça isso. Escalar rochas com um peso nas costas vai exigir um sacrifício desnecessário. No máximo, leve água, pois a hidratação não pode ser relegada a segundo plano. Protetor solar também é item obrigatório. Se você é do tipo que se diverte mais se tiver bebida e comida por perto, não esquente: os bares oferecem de tudo um pouco a preços honestos.
Dentro do veículo, tenha atenção na estrada. Ela é bem asfaltada, mas é muito (bote muito nisso) sinuosa e não permite vacilos. Dirija por você e pelos outros, pois certamente há quem encha a lata de álcool e pegue no carro depois. Não sei como é a vida de quem fica nos hotéis-fazenda, mas no centro da cidade há opções modestas de janta. Nada muito caro, mas nenhuma comida muito refinada (para quem gosta). Nossa pedida foi a Pizzaria Zucca´s, indicada pelo pessoal da nossa pousada. Lá, fomos atendidos pela própria dona, que circula por entre as mesas para saber se tá tudo bem.
Procuramos um forró para dançar, mas não achamos. Então, o cansaço pode bater e a combinação ar-condicionado + cervejinha (ou vinho) + petiscos + mais um amor ao lado talvez seja o melhor negócio à noite. Nós recomendamos!
De fato, uma visita mais do que recomendada. De fato, as cachoeiras de Bonito são bonitas! =)
ResponderExcluirÉ-é! Também fui lá aaaaanos atrás pra acampar de forma meio improvisada, uma história que renderia muito post no #EstasDeBroma?... Mas o lugar é mesmo lindo!
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