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28 de setembro de 2011

Touradas: fui, vi e chorei

Continuando o assunto tourada – ou corrida de toros, como é chamada por lá – complemento o post de Rafa com a minha experiência com essa tradição espanhola. Na semana que a Catalunha colocou um ponto final  nesse “esporte”, fico aqui pensando porque essa prática ainda é permitida em várias regiões da Espanha. Mas, se olharmos um pouco aqui pra dentro do Brasil, vamos perceber várias situações de maus tratos a animais que também não são combatidas (abandono, tráfico), assim como a realização de “esportes”  (vaquejadas e rodeios) em que os bois, bezerros e touros são tão judiados como os de lá. A diferença é que o animal aqui não é morto no final. 


Era justamente esse “detalhe” do final que eu precisava ter me informado melhor antes de ter tido a infeliz ideia de ir assistir uma tourada. Quando fui morar no Sul da Espanha, há três anos, tinha na cabeça que precisava viver um carpe diem cultural, ou seja, aproveitar e viver todas as tradições ao máximo! Foi dessa forma que imaginei que a tourada deveria estar incluída neste circuito. Numa visita a cidade de Sevilla soube que ia ter uma corrida e umas colegas da escola me convenceram a ir com elas conhecer o “espetáculo”. 

Era uma ensolarada tarde de domingo e já na entrada da Plaza de Toros me entusiasmei com a chegada do toureiro. Bonito, vestido com uma roupa encantadora, imponente e ovacionado pelo público ao descer do carro, entrou na arena como os jogadores de futebol da seleção brasileira entram num estádio: assediados por fotógrafos e mulheres. 

(Foto: Sabrina Medeiros)
Já dentro da arena, o toureiro posa para os fotógrafos

Por dentro da arena circular, o chão onde acontece "a luta" entre touro e toureiro é de areia com marcações em cal. O público pode se acomodar em cadeiras ou arquibancadas. Percebi que a maior parte dos presentes era turista e os espanhóis de fato eram, em sua maioria, mais velhos/ terceira idade.

Conhecia touradas apenas por reportagens na televisão. Sabia da indignação do povo, sabia que o animal sofria, porém a referência que eu tinha é de que era algo similar ao rodeio. Não me informei o bastante, nem tinha a opção de visita guiada (como Rafa teve a oportunidade de fazer ) para esclarecer o que viria depois. E não, eu não sabia que o touro TEM QUE morrer no final. Nas aulas que tive por lá, nenhum professor comentava sobre corridas de toros. Sentia que era como um tabu para eles. Alguns jovens, segundo um amigo espanhol, sentem até vergonha de falar sobre o assunto. 

(Foto: arquivo pessoal/Sabrina Medeiros)
Só sorrisos antes de começar. A gente não sabia o que estava por vir...
E começa o show, de horror 

Cavaleiros galopando em cavalos com armaduras anunciam o início da tourada. As cores, imagens e música me fizeram voltar no tempo e imaginar como era tudo aquilo décadas atrás...O ambiente era tão bonito que as primeiras fotos que tirei, inclusive, estamos sorrindo (eu e minhas colegas da escola). O toureiro e os banderillas (que distraem o animal) se apresentam ao público e, depois de um silêncio cheio de suspende, o touro é solto. O impacto, não vou mentir, é grande. O bicho é enorme, bem preto e muito bonito. Mas, bastou ele chegar chegar ao meio da arena para eu entender o que estava acontecendo.

                                                                                    (Foto: Sabrina Medeiros)
Cavalos com armaduras desfilam no início da tourada 
O Touro já entrou debilitado, sangrando muito, cheio de espadas espetadas. Enquanto ele tentava sair dali, voltar para o lugar de onde foi solto, vários “ajudantes” do toureiro lhe espetavam mais espadas e o bicho urrava de dor. O toureiro com sua capa colorida provocava o animal, que nem conseguia reagir. Foi aí que baixei a cabeça, tapei os ouvidos e comecei a sentir muita vergonha por te pago e, consequentemente, financiado uma atrocidade daquelas. Não via a hora de acabar e torcia insistentemente para o pobre do touro se salvar. Não sabia eu que eles sempre são mortos no final (muito raro o touro sair triunfante) e, ao invés de um, era 6 por corrida.

Fiquei paralisada, olhando pra baixo, querendo sair e não conseguia (todos os lugares da arquibancada e acessos estavam ocupados e só poderia sair a cada intervalo - a cada três touros mortos). Com a experiência de quem viu,  digo que é uma prática totalmente covarde. E incompreensível o que fazem com aquele animal tão bonito.

                                                              (Foto: Sabrina Medeiros)
A entrada do touro na arena 

Ao invés de "Olé" comecei a ouvir vaias. Pensei que o público, assim como eu, estava horrorizado. Eles vaiavam muito e atiravam tomates e outras coisas na autoridade que estava presente no estádio. Reclamavam, apontavam, estavam revoltados. As mulheres, balançavam lenços. Só fui entender o que se passou ali quando voltei às aulas e meu professor espanhol me explicou que eles reclamavam porque o Touro entrou quase morto e o toureiro só estava ali figurando, porque luta mesmo não havia nenhuma. O  touro não queria mais lutar, foi morto sem quase reagir. Eles se sentiam enganados, por isso a indignação. 

Já acabou?
A Tourada completa dura em média 2h. Mas, não consegui olhar por mais de 10 minutos. Como num filme de terror, fiquei perguntando o tempo todo para minhas colegas: “Já acabou, já acabou?” . Até que o choro silencioso de uma delas (da Alemanha) me respondeu que o final tinha chegado e que não tinha sido nada bonito de se ver. Segundo ela, eles furaram o touro até quase a morte e o infeliz do toureiro "triunfou" dando um golpe fatal no animal. O animal morto foi arrastado para fora da arena por cavalos, deixando um rastro de sangue (como o que Rafa mostrou), ao som de uma música tradicional entoada por uma banda típica. Ao todo, seis touros são sacrificados em cada tourada. 

                                                                               (Foto: Sabrina Medeiros)
Lá no cantinho: acuado e ferido, o pobre do touro foi morto sem nem reagir

#curiosidade: Os touros que são levados à Plaza são criados em cativeiro e preparados para exclusivamente para as touradas. Dizem que a carne dos touros sacrificados é vendida para açougues (Deus me livre!!), mas de fato não sei se é verdade. Alguém sabe me responder?

Na volta pra Granada (onde eu morava), as imagens daquela covardia não me saíam da cabeça e não parava de chorar. Nunca vi nada tão forte e me sentia culpada por ter ido assistir. Segundo um professor que tive lá, a tourada que fui não foi boa, foi de baixa qualidade, por isso o touro sofreu tanto. De acordo com ele, é emocionante quando o touro entra bravo na arena e o toureiro o domina e o mata com um golpe certeiro.  Boa ou ruim, confesso que nunca repetiria e, desde aquele dia, quero distância de Plazas de toros! 
E você, assistiria a uma corrida? 

*Quer entender mais sobre a Tauromaquia? Clica!
* Veja mais fotos desse dia no nosso álbum Sevilla - Espanha lá no Flirck!

16 de junho de 2011

Uma é 3, duas é 5. Vai levar?

Mochilera Sabri

Muita gente que vai para a Europa já ouviu falar de passagens para trechos internos por preços inacreditáveis! E quando eu digo inacreditável porque é tipo 2 euros da Espanha para a Noruega, por exemplo. Ou 6 euros Madrid-Marrocos (ida e volta). Isso mesmo, de avião! Esses são os chamados vôos low cost (baixo custo).

Mas, como encontrá-los? Algumas agências daqui dão dicas para você mesmo comprar por sites europeus, mas geralmente eles oferecem trechos por companhias maiores, que são um pouco mais caras. Dependendo do local, acho que vale a pena comprar uma passagem mais cara e ter mais conforto sim. Mas, se você não tem frescura, está com pouco dinheiro, tem espírito mochileiro e tempo para se planejar até a data da viagem, é possível encontrar ótimas opções de passagens para qualquer parte da Europa por companhias menores, com preços tentadores.

O segredo de achar essas promoções está em comprar com muita antecedência. E é fácil: basta acessar o site, ter um cartão de crédito internacional e o número do passaporte. Super prático! Na mesma hora, a confirmação chega no seu e-mail (só não esquece que os preços são em euros!).

#Ficaadica - Se tiver outra opção, evite viajar na sexta. É quando todos que vivem na Europa também estão fazendo isso, para curtir um fim de semana num lugar diferente. Quando é feriado, então, esqueça. Os aeroportos ficam uma loucura e a chance da sua mala não embarcar ou o voo atrasar é maior.


(crédito: vooslowcost.org)
Na Europa, tem muita companhia que faz voos low cost, é só escolher

O lado ruim
Claro, com um preço assim não podemos exigir o conforto da primeira classe, né? O primeiro cuidado que tem que ter na compra é olhar qual o aeroporto você vai descer e correr para o Google Maps para saber onde fica. O que acontece é que os trechos mais baratos são por aeroportos muito distantes e não vale a pena o que você vai gastar no deslocamento até a cidade onde vai ficar hospedado. Nunca deixe de observar isso! Quando fui à Paris, desci em Orly. Sabia que a distância era mais ou menos a mesma do Charles de Gaulle (cerca de 25 quilômetros), mas não contava com outros contratempos.

No voo chegava por volta das 22h. Pesquisei e vi que o último transfer para a cidade (a Air France oferece um transfer Orly-Paris e você não precisa ter vindo pela companhia) sairia umas 22h30. Era só correr que dava tempo, certo? Errado!

#Ficaadica - Se não conhece o país onde vai, se não fala a idioma de lá, evite viajar à noite. Tudo fica mais complicado para se resolver e, até em Paris, mais perigoso.


(Reprodução: Googlemaps)

Distâncias entre os aeroportos e Paris (no centro)


Não contava que a companhia pela qual viajei, a Aigle Azur (paguei 30 euros ida + volta) iria perder uma das minhas malas e eu iria me atrasar no aeroporto. O pior é que depois das 23h o aeroporto começou a fechar, e quase que durmo lá dentro, porque ainda procurava informações sobre a minha mala. Estava fechando mesmo, não tinha essa de ficar o segurança não. A cada um que eu recorria, nem me dava bola....pegava sua bolsinha e tchau. No desespero, esqueci o transfer (que era cerca de 2 euros) e tive que pegar um táxi (quase que também não consigo um) que me custou 100 euros até o hotel! Resultado, o que era barato saiu caríssimo! Se eu soubesse que o aeroporto fechava, teria pago um pouco mais caro e descido no Charles de Gaulle, onde há mais opções de transportes e informações.

#Ficaadica - Sempre procurar saber onde é o aeroporto, qual o custo/benefício de descer lá, como vai fazer para chegar ao seu hotel e, claro, se o aeroporto funciona 24h ou não (detalhe que esqueci).

As bagagens
Outro ponto negativo das passagens low cost são o pouco espaço para as bagagens. Atenção, mulheres: elas têm que ser mínimas, às vezes só de mão. Quando é verão, ótimo! Mas e no inverno? Então, não dá para ter muita vaidade nesses voos. Os pesos das bagagens variam de acordo com a companhia aérea. A Raynair, por exemplo, só permite 10 kg. Vire-se para conseguir levar tudo aí. É bom sempre conferir o quanto você pode levar no site, antes de comprar o bilhete.


Terror das mulheres: sua mala tem que caber aí, ó!

Uma vez fui à Sevilla pela Iberia já estava sabendo que ia dar sem pagar excedente (confira sempre isso também para saber se o execente não vai sair mais caro que o preço da passagem). Mas, eles implicariam com meu mochilão. Um inferno! Fizeram eu adaptá-lo num "molde" e tive que tirar um monte de coisas de dentro da mala no meio do aeroporto e colocar na mala de outra pessoa. Imagina o que abrir uma mala de uma mulher? Pensem na vergonha! A sorte foi que eu estava com a passagem eletrônica impressa comprovando o peso que eu tinha direito e, depois de muita briga, deu tudo certo no final.

Ah! E nem sonhem que vai ser servida alguma comida no voo, viu? Vai dar até saudade daquela barrinha da Gol. Assim, antes de comprar, é bom colocar tudo na ponta do lápis. Mesmo com tudo isso, esse é o modo mais barato de viajar pela Europa, e não tem que ter medo! Levem pouca roupa, cheguem na hora certa, carreguem sempre os comprovantes de pagamento e um dicionário (o aplicativo do Google tradutor para o Iphone é perfeito!). Garanto que, quando você chegar no destino final, vai esquecer qualquer perrengue.


(Crédito: Blog Paris a La Carte)
Você pode até viajar no aperto, perder mala, descer muito longe: no final, tudo compensa!



Serviço:
Sites que comercializam passagens low cost:
http://www.easyjet.com/
http://www.rumbo.es/
http://www.atrapalo.es/
http://www.edreams.pt/
http://www.raynair.com/
http://www.vueling.com/

20 de abril de 2011

A Páscoa e suas diferentes comemorações

Mochilera Sabrina

É interesse ver como são comemoradas as épocas festivas em todo o mundo, de formas bem diferentes. Não precisa nem sair do Brasil pra perceber formatos bem distintos. Aqui, no Recife, (NE do Brasil), comemos toneladas de chocolates, peixes e outras delícias, a maior parte dos amigos migra para Pipa (RN), Gravatá e outras cidades do interior pernambucano, na TV aberta só passa filmes bíblicos e o ponto alto são as várias opções da encenação da Paixão de Cristo (tem a do Recife, Arcoverde, Moreno, etc, mas a famosíssima é a super produção de Nova Jerusalém, na cidade de Brejo da Madre de Deus).

Já no Sul do País, a cidade de Gramado (RS) se enche de coelhinhos e ovos gigantes e coloridos, além da grande oferta de chocolate que já existe na cidade aumenta ainda mais, produzindo lindos e deliciosos ovos de Páscoa de todos os sabores. Já passei uma Páscoa em Gramado, no ano de 2002 (faz tempooo), e me senti dentro de um livro de histórias infantis. Cada banquinho da praça, cada cantinho da cidade é possível encontrar coelhos do nosso tamanho, confeccionados muitas vezes de pano, que fazem você virar criança novamente e querer tirar foto com cada um daqueles personagens encantados que encontra pelo caminho.


Uma das rotas de entrada para a cidade de Gramado

Visitar as fábricas de chocolate aguçam ainda mais a fantasia e te transportam para cenas do famoso filme infantil (A Famosa Fábrica de Chocolate). Há também paradas com desfiles de coelhindos e personagens encantados, bem no formato Disney. Acredito que assim, em cima da hora, a cidade não deve ter mais vagas. Porém, vale a pena se programar para ir no próximo ano. É um ótimo passeio para ir, inclusive, com os pequenos.


Coelhos divulgam produtos das fábricas de chocolates
Os lindos bichinhos ficam espalhados por Gramado 


Em Minas Gerais, a festa é mais tradicional e se celebra realmente o sentido da Páscoa, relembrando a morte e ressurreição de Jesus. Na Semana Santa, as ladeiras da cidade histórica de Ouro Preto recebem lindos e criativos tapetes com flores e serragem colorida, que formam mensagens de paz e prosperidade. Os “tapetes” – que são verdadeiras obras de arte – são montados pelos moradores na madrugada do sábado para o domingo, para o deslumbre dos turistas que se encantam com os grandes desenhos.

                                                                             Crédito: viracopos.com.br
Os tapetes feitos pelos moradores de Ouro Preto

Fora o Brasil, a Espanha se destaca nesta época. Lembro que quando estive em Sevilla (na região de Andaluzia) me falaram que a Páscoa lá é a festa mais bonita de se ver. A cidade fica toda perfumada com incensos e velas e recebe procissões que começam no Domingo de Ramos e seguem até o Domingo de Páscoa. Confrarias enfeitam os andores de Cristo e da Virgem Maria, que são levados em desfile pela cidade até a Catedral, embalados por uma música melancólica e acompanhados por muitos penitentes, alguns vestidos com capuz. Não tive a oportunidade de passar a data lá, então, peço que minha amiga Jaqueline (que vive em Sevilla há anos) me conserte se eu estiver falando besteira e nos dê mais informação da data.


Crédito: enalgunlugardeljarama.wordpress.com
Desfile de Páscoa pelas ruas de Sevilla, no Sul da Espanha

 Mas e no resto do mundo? Será que tem alguma celebração? Dei uma pesquisada e olha o que achei:

Bélgica e França: Os sinos não são tocados entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa por causa de uma lenda que diz que eles voam até Roma e quando voltam deixam cair ovos para todos. As crianças belgas produzem ninhos de palha, na esperança de que o coelho deixe muitos ovos.

Bulgária: Após a missa da Quinta-feira Santa, pintam-se ovos cozidos e fazem-se pães pascais, os "kolache" ou "kozunak". Os pães e os ovos são abençoados. Cada um da família pega um ovo e bate nos ovos dos outros; aquele que ficar com o ovo inteiro terá sorte durante o ano.

China: No mesmo período da Páscoa, os chineses comemoram o "Ching Ming", quando visitam os túmulos dos ancestrais e deixam oferendas para eles, como forma de satisfazê-los em relação aos seus descendentes.

Estados Unidos: escondem ovos cozidos, decorados com tintas, pela casa, para que seus filhos os encontrem. Algumas cidades fazem a "caça aos ovos" em praça pública.

Espanha: Algumas cidades se reúnem no Sábado de Aleluia para malhar ou queimar o boneco que representa Judas. Apesar deste apóstolo ter traído Jesus, a igreja é contra o ritual.

Índia: Os hindus fazem o festival Holi para relembrar o surgimento do deus Krishna. Nesta época a população dança, toca flautas e faz comidas especiais para receber os amigos. É comum que o dono da casa marque a testa dos convidados com um pó colorido.

Rússia: A tradição dos ovos coloridos também é forte na Rússia. Mas lá, ao dar o ovo para outra pessoa, se diz "Kkristos Vosgrés" (Cristo ressuscitou). Já quem recebe o presente deve responder "Voistinu Vosgres" (Ressuscitou realmente).

Suécia: As crianças fantasiam-se de bruxas, na Quinta-feira Santa ou na véspera da Páscoa, e visitam seus vizinhos. Deixam cartões decorados para conseguirem doces ou dinheiro, como fazem os americanos no Halloween.
(Fonte: Portal Abril.com)

E você? Já viveu alguma dessas experiências ou conhece outro lugar que celebre a Semana Santa? Comenta!
Feliz Páscoa a todos! Boa viagem à Mochilera Rafa e voltamos depois do feriadão cheias de novidades!

Beijos!