13 de março de 2012

#DoFrevoaoTango: Moeda pra quê te quero!

Mochilera Rafa

Só em dois momentos da minha vida que fazia e faço de tudo para tê-las a qualquer custo: na minha infância e aqui, em BsAs. Falo das moedas! Quando criança, queria todas para por no meu cofrinho e comprar aquelas coisas gostosas de comer ou até um brinquedo legal. Depois dessa fase, queria distância das danadas, pois as considerava como incômodas. Quando o troco era todo em moeda, então, nem se fala. Fazia de tudo para trocar por notas. Hoje, necessito delas loucamente para andar de ônibus, ou colectivos, como os chamam aqui. Relembro meu momento de infância quando meu porta-moedas do Barrio Chino está bem pesadinho e fazendo barulhinhos. Por isso, decidi compartilhar com vocês o meu drama diário com las monedas. Esse é um assunto de extrema importância, porque é útil para todos os turistas que precisarem andar de ônibus e não serem pegos de surpresa com o motorista bem “simpático” dizendo: “Solamente monedas!!”


(Crédito: Google Imagens)
Moeda, voltei a te amar loucamente. Nunca me deixe abandonar você!


Essa é uma das diferenças entre o Brasil e Argentina que mais me chamou a atenção. Nas 33 linhas de ônibus que circulam por BsAs, não existem os cobradores. Tudo você terá que resolver com o motorista. Ao embarcar, precisa dizer qual o seu destino para que ele lá aperte o botão num painel que tem a sua frente para tarifar o valor correto da distância. Para os locais, tem o SUBE (Sistema Único de Boleto Eletrónico), um cartão magnético que serve para os colectivos e o subte (metrô). Tipo o VEM, para os pernambucanos. Quem não tem, só na base das moedas. Você as coloca no valor indicado na maquininha (lectoras de monedas) que fica logo depois do motorista. Se for o valor a mais, ela lhe dá o troco. Ainda emite um recibo do valor pago. Ah, mas você deve estar se perguntando por que estou fazendo esse drama todo para algo tão simples. Rá, pode até parecer simples, mas vamos ao dia a dia.

Para que entendam, são moedas de um, cinco, dez, 25 e 50 centavos e de um e dois pesos. Agora, vamos aos problemas! Já peguei lectora de monedas que não aceitava a de dois pesos. Algumas vezes, a máquina estava com problemas, então tive que esperar outro ônibus. Os motoristas não são pacientes para explicar o procedimento (tive que aprender na tora!). Como o valor do destino varia, é sempre bom estar com uma boa variedade de moedas. Se a fila do embarque está grande e, para piorar, chovendo, é bom já estar com todas as pratas na mão separadas, porque o povo fica nervoso (inclusive o motorista). Ah, ainda tem um tempo específico para por as moedas nas lectoras. Passando, tem que pedir aos motoristas que indiquem novamente o destino para o sistema e muitos não refazem a ação felizes.


(Crédito: Google Imagens)
A lectora do meio foi a que mais encontrei nos colectivos


Agora, vem o problema MAIS CRÍTICO: a falta de moedas circulando! Sempre tentei ao máximo facilitar o troco. Agora, estou sendo mega chata. Quando perguntam se tenho moedas, digo que não, porque das vezes que pedia o troco em pratinhas também diziam que não tinham. Em muitos estabelecimentos, nos últimos dias, vi uns avisos nos caixas dizendo para facilitar o troco porque as moedas estavam em falta. Um dia, fiquei sem o suficiente para pegar o colectivo até a minha estação do subte. Fui ao posto aqui perto de casa comprar uns bombons para pegar moedas de troco. Lógico, a caixa não me deu. Tive que ir andando as oito quadras até a estação de metrô, porque já estava na minha hora e ficar de canto em canto pedindo para trocar era perda de tempo. Vocês não têm ideia do quanto desejo o meu DNI na mão para tirar esse danado do SUBE para facilitar minha vida por aqui! Enquanto isso, estou na luta por moedas!!!

Sabendo disso, pessoal, não menosprezem as pobres moedinhas quando estiverem turistando por aqui. Deixem que elas pesem na sua bolsa ou bolso, façam barulhos e as amem loucamente até o fim da viagem!!

P.S.: Por mais uma vez, fiquei ausente nos últimos dias. Tenho uma desculpa e justificativa plausíveis. É que uma caravana do Recife, mais especificamente do bairro de Santo Amaro, baixou aqui em BsAs: Ed,Charles e Cintia Ruas e Lívia França. Esse foi o primeiro grupo de amigos brasileiros que tive o prazer de ciceronear pelas ruas porteñas. Graças a eles também conheci mais a cidade, turistando e me divertindo com as divertidas situações pelas quais passaram. Ainda não posso me considerar como uma boa guia, mas espero que a minha companhia tenha sido uma boa. Agora, estou só no aguardo de outra caravana, a de Aracaju, com os queridos Catarina Cristo e Rodrigo Amaral. Contando os dias!! _o/


(Crédito: Rafaela Aguiar)
Os "culpados" pela minha ausência! Foi super feliz, gente!

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