31 de outubro de 2011

Não viaje sozinho. Faça intercâmbios!

Mochileras Rafa e Ju

A maioria dos jovens tem o desejo de arrumar as malas, sair por aí e desbravar o mundo. Mas como fazer se não tem companhia ou os pais ficam com receio de “dar asas” às suas crias? A dica que damos são os intercâmbios! Foi o que fiz quando resolvi, em 2008, passar 30 dias “morando” em Madri. Como não tinha com quem ir e era a minha primeira viagem internacional, ou seja, não sabia, nem conhecia nada, decidi por aprimorar meu espanhol. Fui até uma dessas agências de intercâmbio estudantil que resolveu toda a documentação, fez minha inscrição numa escola de espanhol para estrangeiros e conseguiu uma casa de família. No fim das contas, tive uma experiência maravilhosa, fiz grandes amigos e irei aconselhar meu filho a fazer a mesma coisa!

Opções de intercâmbio não faltam. As inscrições do programa Cidadão Global, da AIESEC, considerada a maior organização jovem do mundo presente em 110 países, foram prorrogadas. O prazo se encerraria nesta segunda (31), mas a instituição decidiu passar para a sexta (4). “Trabalhamos com o desenvolvimento da liderança nos jovens através do intercâmbio profissional”, explica a diretora da AIESEC Recife, Raphaela Nery. O Cidadão Global é para o jovem profissional colocar em prática o que aprendeu na faculdade ou está aprendendo por meio de trabalho voluntário em ONGs ou projetos educacionais em diversos países, como os do Leste Europeu (em especial Rússia, Ucrânia, Turquia, Hungria e Polônia), América Latina (especialmente Costa Rica, Panamá, Bolívia, Colômbia, México e Chile) e Ásia (Indonésia, Índia e China).

(Crédito: Divulgação)
Ainda dá tempo! Aproveite para fazer sua inscrição e BOA VIAGEM! =)

O intercâmbio dura de seis a 12 semanas, com viagens para setembro, dezembro, janeiro, junho e julho. Para participar, o candidato precisa ter no mínimo 18 anos e máximo de 30 anos; ser estudante de instituições de ensino superior ou graduado há menos de dois anos; falar inglês ou espanhol com nível intermediário; ter interesse por intercâmbio para desenvolvimento pessoal e experiência cultural.

Intercâmbio para os mais novos
Quem também fez um intercâmbio estudantil, s que ainda mais nova, foi a mochilera Ju. Olha só o que ela tem para contar aos papais preocupados:

Viajar em família é bom demais, não dá pra negar. Mas quando os filhos crescem, viram adolescentes, chega a hora de eles terem experiências diferentes. Aos 15, 16 ou 17 anos, chegam a uma boa idade para se aventurarem pelo mundo – dessa vez, sozinhos. Para muitos (como foi para mim em 2004, quando fiz intercâmbio estudantil para a Austrália pelo Rotary) é a primeira vez que viajam sozinhos e para outros tantos, também é a primeira viagem internacional. É um grande acontecimento, já que geralmente o tempo de viagem é longo – de três meses a um ano, em média.

(Crédito: Arquivo Pessoal)
Em que outro lugar do mundo poderia fazer isso?!?

Pode ser difícil para a família deixar o “bebezinho da casa” ir a um país estrangeiro para se virar com outra cultura e outra língua. Mas confie em mim, que já passei por isso: vale a pena cada diazinho longe e cada dor de saudade. É uma oportunidade de o adolescente ver o mundo com os próprios olhos, conhecer gente nova e ter experiências que nunca teria numa viagem comum de turismo. Afinal, é esse todo o propósito do intercâmbio estudantil: emergir-se em uma outra cultura e aprender sobre o país e a vida. Pouco importa se a língua aprendida vai ser útil para o futuro ou não.

Decidiu embarcar em um intercâmbio ou incentivar seu filho a viajar? Prepare o bolso e escolha bem a empresa que vai contratar. Alguns programas, como o do Rotary, são mais em conta do que outros, porque têm algum tipo de patrocínio ou incentivo. Nesses casos, o processo de seleção é criterioso, o jovem nem sempre tem a oportunidade de escolher o país ou cidade onde vai morar. Outros, de empresas especializadas, podem custar bem mais caro, mas são muito mais flexíveis.

Geralmente, o aluno fica em uma ou mais casas de família nativa durante o período da viagem. Deve frequentar a escola normalmente, o que é bom para estimular o convívio com outras pessoas da mesma idade. Seguindo alguns critérios, o governo brasileiro permite que o ano estudado em um país estrangeiro seja validado depois, assim não se perde um ano escolar.

O mais importante é se planejar bem, providenciar com antecedência todas as documentações necessárias – formulários de intercâmbio, passaportes, vistos, vacinas. Imprevistos podem acontecer. Eu, por exemplo, comecei a seleção para meu intercâmbio um ano e meio antes de viajar. Lembre-se de não levar coisas demais. Na volta, é bem provável que seja necessário pagar excesso de bagagem! Também é de bom tom levar presentinhos típicos para as famílias que irão receber o jovem e aprender uma receita de comida bem brasileira para fazer por lá e dividir um pouco do Brasil também.

(Crédito: Arquivo Pessoal)
É num intercâmbio que a gente conhece pessoas de todo o mundo!

Além diiisso tudo, é comum que a família que está mandando um intercambista para morar fora receba em sua casa um estrangeiro também. Para quem fica, também pode ser uma experiência bem legal!

Serviço:
AIESEC em Recife
UFPE - CFCH - 4° andar - Sala 01
Mais informações: 81 2126-7350 / aiesec.recife@gmail.com
www.aiesec.org.br/site/escritorio/recife/programa-de-intercambio/cidadao-global/

Intercâmbio do Rotary Club: http://www.rotaryintercambio.com.br/

Outras agências de intercâmbios:
http://www.afs.org.br/
http://www.ci.com.br/
http://www.stb.com.br/
http://www.ef.com.br/
http://www.yazigitravel.com.br/
novo.ieintercambio.com.br

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