Comer é muito bom, só que comer BEM é melhor ainda. Viajando, então, nem se fala, porque não só degustamos as delícias daquele local por onde passamos, mas também aprendemos um pouco daquela cultura. Pernambuco, para mim (não só porque sou da “casa”), tem uma das culinárias mais ricas e deliciosas do Brasil. Ainda tem mais: parece que a nossa comida fica mais gostosa a cada quilômetro a dentro do Estado, ou seja, no Interior. Na época do trabalho em redação, ficava sonhando com as delícias que iria comer quando diziam para mim que teria de pegar a estrada para fazer matérias especiais no Sertão.
Como nem tudo são flores, já passei por um perrengue gastronômico com a comida interiorana. Em uma das minhas passadas pelo município de Cabrobó (Sertão), resolvi, junto com o restante da equipe, almoçar no restaurante do próprio hotel. A decisão foi pela questão preço x tempo. A comida era simples e não parecia estar tão ruim (não lembro exatamente o prato comido). Então, comemos tudo, após uma manhã inteira e metade da tarde apurando debaixo de sol e poeira.
(Crédito: Sérgio Bernardo)
Trabalhando, não sabia o que me aguardava no almoço... |
Voltei para o quarto, tomei um banho e cai na cama para um cochilo. Acordei algumas poucas horas depois chamando “Raul” e “Hugo” para uma festa no banheiro, que foi “animadíssima”! Após botar todos os “bofes” para fora, corri para o quarto dos meus companheiros pedindo ajuda. Estava pálida, tonta e quase caindo pelo corredor de tão mal que fiquei. Resumindo: fui bater em um posto médico da cidade (que por sinal estava bem organizado!) com uma infecção intestinal. Fiquei internada por algumas horas tomando soro. A minha sorte foi que o trabalho naquela região estava acabando, retornando no dia seguinte com esse trauma.
Enfim, estômago fraco ou não. Comida ruim ou não. Saber a procedência do que vamos comer (café da manhã, almoço, lanche ou janta) durante uma viagem é mais do que importante para que situações parecidas não ocorram. Comento isso porque, na semana passada, foi lançado o guia gastronômico do projeto Rota 232, da Secretaria de Turismo de Pernambuco, que vai mais do que ajudar e orientar os viajantes que circulam pela BR-232, principal rodovia que liga o Litoral ao Sertão do Estado, que são mais de 550 quilômetros. Foram contemplados 52 estabelecimentos, como restaurantes, barracas de frutas, cafés, casas de queijos, tapiocarias e lojas de conveniências de 17 municípios.
(Crédito: Reprodução)
O trabalho que dá é só pesquisar e escolher onde vai parar |
Achei a ideia muito válida e importante para aqueles que precisam pegar a estrada e passar horas dentro de um carro ou ônibus em uma cansativa viagem. Degustar uma boa comida sempre ajuda a recarregar as energias. Além disso, a equipe que produziu o material é de primeira, a editoria de Sabores do jornal Folha de Pernambuco. A equipe passou algumas semanas na estrada visitando os locais sem avisar, para avaliar direitinho os estabelecimentos. O guia, além de dizer a localização, dá detalhes da casa e dicas do que comer (muito importante!), já que nem todo mundo curte a gastronomia tradicionalmente pernambucana/nordestina. Digo logo que o pessoal de Sabores tem um paladar de primeira, hein!
Antes de pegar a estrada, acesse o site do guia e se programe, selecionando onde vai dar uma paradinha para se perder, ou até mesmo se achar na gastronomia pernambucana. Bom, eu já fiz uma rápida “visita” e já fiquei com vontade de pegar a chave do carro!
(Crédito: Rafaela Aguiar)
Bora pegar a estrada e degustar as delícias do Interior? |
#Ficaadica: Quem vai curtir o São João no Interior pode conseguir a versão impressa do guia, além dos postos de informações da Empetur, nos postos montados para os festejos juninos de Gravatá, Caruaru e Arcoverde. Ah, de 22 a 24 de junho, também serão distribuídos nos postos da Polícia Rodoviária de Moreno e Gravatá e na lanchonete Rei das Coxinhas (sentido Interior).
Serviço:
www.guiasaboresrota232.com.br
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