(Imagem: Reprodução/Facebook/Katya Hemelrijk da Silva)
Para seguir viagem, Katya precisou se arrastar por uma escada |
A primeira foi no dia 1º de dezembro, no aeroporto em Foz do Iguaçu, sobre a executiva brasileira Katya Hemelrijk da Silva. Cadeirante e portadora da doença chamada de síndrome dos “ossos de cristal”, Kayta precisou se arrastar por uma escada para poder embarcar em um avião e seguir sua viagem. Tudo isso porque a empresa aérea não disponibilizava de equipamentos para permitir o acesso às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida às aeronaves.
Pouco depois, justo no dia 3, o Ministério do Turismo do governo brasileiro lançou um aplicativo que é a versão portátil do site Guia Turismo Acessível. Segundo o órgão, usando smartphones e tablets, é possível acessar um banco de dados com mais de 530 mil estabelecimentos (pontos turísticos, hotéis, restaurantes e parques, por exemplo) que têm sua acessibilidade avaliada.
(Imagens: Reprodução/Google Play/Guia Turismo Acessível)
App ajuda a avaliar a acessibilidade dos estabelecimentos turísticos |
Ler essas duas notícias pode parecer irônico, mas é uma boa oportunidade para refletir até que ponto o turismo é acessível. Existem 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, e eles, assim como nós, têm todo direito de arrumar suas malas e sair por aí para explorar novos destinos. Mas o que falta para esses mochileiros terem uma feliz experiência durante suas viagens?
A mídia soube da história de Katya porque ela desabafou nas redes sociais, ganhando destaque nas principais páginas de notícias. Já o aplicativo do governo soubemos porque a assessoria de imprensa do ministério enviou essas informações como sugestão de pauta para o nosso e-mail.
Não queremos falar mal da mídia e muito menos puxar sardinha do governo. Também nem precisamos dizer que todos os passageiros com necessidades de assistência especial têm seus direitos e que os mesmos devem ser cumpridos. Abrimos este espaço apenas para lembrar que todos os mochileiros são iguais e que a única diferença existente entre eles seja apenas o destino escolhido para viajar.
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