7 de dezembro de 2014

Turismo acessível para todos os mochileiros

Viajar está cada vez mais acessível? Financeiramente falando, podemos dizer que sim, porque facilidades existem e basta apenas querer, montar um planejamento e arrumar as malas. Mas e acessível de acessibilidade para pessoas com deficiência? Duas notícias sobre o assunto chamaram nossa atenção e gostaríamos de compartilhar com vocês. Tomamos conhecimentos delas na primeira semana dezembro, justo quando se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3).

(Imagem: Reprodução/Facebook/Katya Hemelrijk da Silva)
Para seguir viagem, Katya precisou se arrastar por uma escada

A primeira foi no dia 1º de dezembro, no aeroporto em Foz do Iguaçu, sobre a executiva brasileira Katya Hemelrijk da Silva. Cadeirante e portadora da doença chamada de síndrome dos “ossos de cristal”, Kayta precisou se arrastar por uma escada para poder embarcar em um avião e seguir sua viagem. Tudo isso porque a empresa aérea não disponibilizava de equipamentos para permitir o acesso às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida às aeronaves.

Pouco depois, justo no dia 3, o Ministério do Turismo do governo brasileiro lançou um aplicativo que é a versão portátil do site Guia Turismo Acessível. Segundo o órgão, usando smartphones e tablets, é possível acessar um banco de dados com mais de 530 mil estabelecimentos (pontos turísticos, hotéis, restaurantes e parques, por exemplo) que têm sua acessibilidade avaliada.

(Imagens: Reprodução/Google Play/Guia Turismo Acessível)
App ajuda a avaliar a acessibilidade dos estabelecimentos turísticos

Ler essas duas notícias pode parecer irônico, mas é uma boa oportunidade para refletir até que ponto o turismo é acessível. Existem 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, e eles, assim como nós, têm todo direito de arrumar suas malas e sair por aí para explorar novos destinos. Mas o que falta para esses mochileiros terem uma feliz experiência durante suas viagens?

A mídia soube da história de Katya porque ela desabafou nas redes sociais, ganhando destaque nas principais páginas de notícias. Já o aplicativo do governo soubemos porque a assessoria de imprensa do ministério enviou essas informações como sugestão de pauta para o nosso e-mail.

Não queremos falar mal da mídia e muito menos puxar sardinha do governo. Também nem precisamos dizer que todos os passageiros com necessidades de assistência especial têm seus direitos e que os mesmos devem ser cumpridos. Abrimos este espaço apenas para lembrar que todos os mochileiros são iguais e que a única diferença existente entre eles seja apenas o destino escolhido para viajar.

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