(matejtomazin0/Pixabay)
História
A cidade de Garibaldi foi fundada em 1870 com o nome de “Colônia Conde D’Eu”, em homenagem ao marido de Princesa Isabel. Quatro anos depois, a região começou a receber imigrantes, sendo a maioria da região norte da Itália. Essa foi, na verdade, a primeira colônia de italianos do Rio Grande do Sul.
Esses imigrantes começaram com algumas atividades agrícolas no estado, como as plantações de videiras. A colônia progrediu e foi emancipada em 1900, sendo nomeada como Garibaldi (em homenagem ao herói farroupilha Giuseppe Garibaldi).
(Vinícola Garibaldi/Divulgação)
A Rota dos Espumantes
As pequenas videiras plantadas pelas famílias italianas, com o tempo, tornaram-se vinícolas. E algumas delas cresceram tanto que se transformaram em grandes exportadoras de vinho e, principalmente, de espumantes.A produção dessa bebida começou em Garibaldi no ano de 1913. Hoje, a cidade conta com 21 vinícolas, que atraem 320 mil turistas todo ano. A paixão pelo espumante é tamanha que anualmente a cidade é palco da Fenachamp, a Festa do Espumante Brasileiro.
(Fenachamp/Divulgação)
Por isso, decidiram criar a Rota dos Espumantes, onde os turistas podem visitar grandes vinícolas ou cantinas familiares e degustar as deliciosas bebidas nelas produzidas. Pensando em você, uma mochileira amante dos espumantes, separamos algumas vinícolas que são paradas obrigatórias:
Adega Chiesini
A família Chiesini é originária da região do Vêneto (Itália) e começou a produzir vinhos na primeira metade do século passado, inicialmente para consumo próprio. Apenas em 1960, os produtos da Adega Chiesine começaram a ser comercializados.A segunda geração da família, em 1974, percebeu o potencial de suas criações, preocupando-se em melhorar a qualidade da produção. Nos últimos anos, a terceira geração da família atualizou a tecnologia da produção, o que levou a criação de uma ampla linha de produtos, com destaque para a linha de espumantes Cave Vêneto, uma homenagem ao patriarca da família.
(Adega Chiesini/Divulgação)
Moët & Chandon
A renomada empresa francesa da região de Champanhe apostou no potencial de qualidade de Garibaldi e instalou sua adega brasileira. A Chandon Brasil produz um vinho espumante com uma técnica chamada assemblage, que harmoniza vinhos de três variedades de uvas (Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico), o que produz uma bebida classificada pela marca como “harmônica e complexa”.
(Simba tango/Flickr)
Cooperativa Vinícola Garibaldi
Essa cooperativa fundada há mais de 80 anos é marcada pela coragem, dedicação e perseverança das famílias fundadoras, que desde a fundação da cooperativa se preocuparam com a qualidade das uvas utilizadas nos produtos.A Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos elegeu em 2015 o Espumante Garibaldi Prosecco Brut como 9º melhor do mundo e o Espumante Garibaldi Moscatel levou a Medalha de Prata no Concurso Challenge International Du Vin, na França, e a Medalha de Bronze no Concorso Enologico Internazionale Vinitaly, em Verona (Itália).
(Vinícola Garibaldi/Facebook)
Vinícola Don Laurindo
Essa vinícola surgiu em 1887, criada pelo imigrante Marcelino Brandelli, originário de Verona (Itália). Contudo, somente em 1991 a família decidiu comercializar seus vinhos. Hoje, a Vinícola Don Laurindo conta com 15 hectares de vinhedos próprios e produz anualmente 120 mil garrafas de vinhos finos.Ela está localizada no famoso Vale dos Vinhedos, região própria para o cultivo de uva e produção de vinhos, que foi eleito em 2013 como um dos 10 melhores destinos enoturísticos do mundo pela revista americana Wine Enthusiast.
(Don Laurindo/Divulgação)
Como chegar
A maneira mais fácil de chegar até Garibaldi é indo até Bento Gonçalves, que está a apenas 8 km de distância e que tem grande frequência de ônibus diretos para a cidade durante o dia. A viagem dura em média apenas meia hora e a passagem é bem baratinha!*Por Milene Hermenegildo, analista de TI e professora de idiomas. Mochileira Convidada do Rio de Janeiro (RJ).
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