Quando estava organizando minha última viagem para a Argentina, uma das minhas maiores dúvidas era qual a segunda cidade que eu poderia conhecer num espaço de oito dias. Como eu já conhecia Buenos Aires, queria aproveitar para conhecer outro país também. Decidi pensar em algo mais perto como o Uruguai e aproveitar a facilidade de chegar lá rapidinho: de barco! As cidades escolhidas foram: Colônia Del Sacramento e a capital, Montevidéu (depois dedicarei um post para cada uma, aguardem!)
Para comprar as passagens para meus próximos destinos, fui à loja do Buquebus (Buque = barco + bus = ônibus), que fica em Puerto Madero, dentro do terminal fluvial. Como era dia de semana, o movimento não estava tão grande. Mas se você pretende fazer a viagem durante o final de semana, se programe para comprar com mais antecedência, pois corre o risco de não encontrar lugar (pode comprar pela internet: www.buquebus.com). As empresas Ferry Turismo e Cacciola fazem esse serviço, mas não as conheci.
(Crédito: Mochileras de Tacón)
Terminal fluvial do Buquebus (Puerto Madero) |
A volta comprei o combinado ferry rápido + ônibus de Montevidéu para Buenos Aires. Existem também a opção de ferry rápido direto de lá para a capital argentina (três horas de viagem), que dá o mesmo tempo de viagem, mas sai um pouquinho mais caro e não tem todos os horários. O lado bom é que você compra as passagens em peso e, dependendo do câmbio, o preço sai bom. Hoje, fiz a simulação nos mesmos dias e horários que fiz e ficou R$100 ($254,99) a ida para Colônia e a volta sai por R$119,93 ($305,78), na opção de ferry + ônibus de Montevidéu.
(Crédito: Mochileras de Tacón)
Limpo, funcional e moderno, o Buquebus tem até espelho d´água |
O embarque
É preciso chegar uma hora antes para o check-in. A bagagem de mão passará por um raio-x e – com estamos saindo do país – você também passa por uma imigração. Como em qualquer país da América do Sul, você pode apresentar o passaporte ou carteira de identidade (atualizada, por favor!). Também é preciso entregar aquele papel que a imigração argentina te dá quando você entra no país (que você preenche no avião). Você só sai com ele, assim como só volta para o Brasil com ele. Então, pela Nossa Senhora das Boas Viagens, não o percam!!
Confesso que subestimei a qualidade do ferry que faz essa travessia pelo Rio de La Plata. Achei que seria como aquelas balsas que fazem a travessia do Rio para Niterói. Assim como o terminal fluvial parecia um aeroporto, o “barquinho” parecia um avião. As poltronas eram iguais, telões que passavam filmes, comissários e vídeos que explicam como usar o salva-vidas em caso de acidentes. Tinha ainda lanchonete e uma área com mesinhas. Lá embaixo, era a "garagem", pois esse ferry funcionava como balsa para transportar veículos de um país por outro. Excelente estrutura!
A única coisa negativa que achei foi o fato de não ter lugar marcado! Se você não chega cedo, não consegue ficar na janela. Mas pode andar, tirar foto em pé, comer em pé e o melhor: aproveitar ao free shop! Uhuuu! Sim, isso mesmo, tem um dentro do barco só pra você! O ferry é bem grande e a viagem não balança quase nada. É rápida, tranquila e passa a sensação de ser bem segura. Na chegada lá do outro lado, você faz a imigração novamente e recebe outro papel (também não perca esse!), que será recolhido na sua volta à Argentina ou a qualquer outro país.
(Crédito: Mochileras de Tacón)
Mesinhas para quem quer ir comendo ou tomando um café |
A volta
Como falei acima, na volta preferi pegar o ferry rápido + bus por conta do horário, pois precisava estar em Buenos Aires às 12h e o primeiro ferry direito entre as cidades, aos sábados, sai depois do meio-dia. Na rodoviária de Montevidéu, procurei a fila do Buquebus (fica alguém fardado chamando os passageiros e na frente do portão de embarque). Na hora exata, começou o embarque para o ônibus, numa viagem que duraria quase três horas até Colônia. Só sugiro que programem essas viagens para chegar antes do anoitecer, pois como passamos por vários trechos de favelas, acho mais seguro.
Quando descer, pergunte direitinho qual é o seu, para não perdê-lo, pois, quando você desce do ônibus, se mistura com as dezenas de turistas que chegaram e que vão embarcar em vários horários. Lembre-se que você vai fazer outro embarque. Peguei um outro tipo de ferry na volta e era ainda mais bonito que o outro. Parecia um cruzeiro, com escadas douradas, um enorme free shop e opções de primeira classe luxuosa, no primeiro andar. O ponto negativo é que se não chegar logo podem correr o risco de viajar em pé.
A chegada foi tranquila e é lindo ver Buenos Aires se aproximando. Depois de pegar as malas e fazer a imigração, fui atrás de um câmbio para trocar o peso uruguaio. O único do terminal estava fechado, pois, aos sábados, só funciona até meio-dia. Acreditam?!? Então, vai outra dica: se der tempo, troque logo na saída, pois se acontecer de você chegar sem peso argentino e o câmbio estiver fechado, você não vai ter como pagar o táxi. Querem saber o que fiz? Guardei minhas malas no locker de lá (que é super caro, $15 por volume!) e fui andando até a Florida trocar dinheiro. Ufa! Tudo é experiência, né?
(Crédito: Mochileras de Tacón)
Barquinho?!? Não substime o ferry boat do Buquebus |
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