6 de setembro de 2013

Ninguém ouviu os "gritos" do Museu do Ipiranga

Dia 7 de setembro, data que se comemora a nossa independência, 7 de setembro de 1822. Então, por que não falar sobre um dos mais importantes símbolos da história brasileira e um ponto turístico que para muitos pode passar despercebido ao comparar com tantos outros famosos espalhados pelo País? Estamos falando do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), mais conhecido como Museu do Ipiranga, que guarda um grande acervo paulista e, claro, referente à Independência do Brasil.

Se alguém estiver turistando por São Paulo e quiser aproveitar a data para conhecê-lo, pode não conseguir entrar. O museu está de portas fechadas para uma reforma emergencial. Legal saber que estão cuidando do nosso patrimônio histórico, só tem um “porém”. A situação do prédio de 120 anos é tão caótica – com infiltrações, rachaduras, mofo e reboco caindo – que a obra vai durar anos. Sim, muitos anos para um ponto turístico tão importante estar fechado. A previsão de reabertura é em 2022.

(Imagem: Wikipédia)
Obras emergenciais do museu devem demorar quase uma década

Há mais ou menos três anos, passamos por lá quando estávamos de passeio por São Paulo. De fato, o Museu do Ipiranga tem uma beleza particular e um acervo da história brasileira de tirar o fôlego, além de um lindo jardim e espaço verde. Todos se admiram ao ver bem de perto o quadro Independência ou Morte - “O grito do Ipiranga”, de Pedro Américo, que muitos só conhcem por imagens impressas nos livros da História do Brasil. A tela é enorme e ocupa toda uma parede de uma das salas do museu.

(Imagem: Wikipédia)
"O grito do Ipiranga" é a principal representação da Independência do Brasil

É triste saber que obras como essa (e tantas outras) estão sob a proteção de um edifício esquecido pelo tempo e pela nossa velha conhecida “burocracia governamental”, já que a coordenação do museu é dividida entre os governos municipal e estadual de São Paulo. Além disso, é tombado por três órgãos diferentes. O jeito é torcer para que tudo termine o quanto antes.

O museu recebia cerca de três mil pessoas diariamente. A expectativa e esperança de muitos é que aos poucos o edifício reabra gradualmente. Parece que estão correndo contra o tempo, segundo o jornalista Edison Veiga em seu blog.

Conversamos com uma grande amiga nossa e jornalista Rachel Motta, que no dia da nossa visita ao Museu do Ipiranga estava junto com a gente. Olha só o que ela também acha disso tudo:



Um comentário :

  1. Infelizmente os nossos representantes seja o Executivo ou Legislativo governam a favor dos seus interesses... Brasil rico em todos os seguimentos. Um ordenamento que não funciona. Darei um exemplo: os Conselhos Setoriais são órgãos de controle das políticas públicas garantidos em nossa Carta Magna. Cadê o Conselho Municipal e Estadual de Cultura do Rio de Janeiro? Parabéns para Las Mochileras de Tácon pela reportagem e divulgação da nossa história, nossa identidade... Perfeito! Beijos Joana D´Arc

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