A Copa América continua com força total na Argentina e, neste sábado (09), a nossa seleção entre em campo novamente para acelerar nossos corações, enfrentando dessa vez o Paraguai. Mas, nós, Mochileras de Tacón, estamos mais interessadas na cidade que eles vão jogar do que no jogo. Córdoba, cidade localizada no pampa argentino, fica bem no centro daquele país. O lugar é um dos principais destinos turísticos da Argentina, porém é pouco divulgado no mundo e esquecido pelas agências de viagens brasileiras.A região, no entanto, pode ter ficado mais popular na última quarta-feira (06), quando sofreu dois terremotos de pequena magnitude, que - ainda bem - não foram registrados danos graves e não vão atrapalhar a partida do Brasil.
Formada por serras e paisagens de tirar o fôlego, Córdoba conquista os turistas. Foi o que aconteceu com a jornalista Fabiana Maranhão (que já apareceu aqui), que assim que soube que o jogo ia ser lá, correu para nos presentear com esse post recheado de dicas. Como já morou lá, Fabi revela com experiência detalhes exclusivos sobre os atrativos da reunião. Tome nota e, da próxima vez que for ao país, incremente seu roteiro e fuja do comum!
Argentina além de Buenos Aires
A Argentina não é só Buenos Aires ou Bariloche. Quando tive a oportunidade de passar um mês lá, decidi conhecer uma outra Argentina, sem o El Caminito, La Bombonera e casais dançando tango pelas ruas; uma Argentina que não é vendida pelas agências de turismo. Fui parar em Córdoba, no coração do país.
Distante pouco mais de 700 km da capital, a cidade chama a atenção pelo verde, pelas largas avenidas e pelos monumentos históricos. Se Buenos Aires é São Paulo, Córdoba seria Recife, com bem menos violência, claro. Mas é sempre bom estar atento, isso em qualquer parte do mundo.
Sugiro visitar a cidade entre os meses de março e maio ou setembro e novembro, quando o clima é ameno. No verão, os termômetros chegam a atingir os 40ºC; no inverno, as temperaturas despencam para graus negativos.
É fácil andar pela cidade. O sistema de transporte público é bom se compararmos com os ônibus que circulam em Buenos Aires. É possível chegar em toda parte de Córdoba de busão, embora os locais mais legais para visitar possam ser percorridos a pé mesmo. Para os não tão dispostos, bancas de revistas e de guloseimas vendem fichas (parecidas com as que usávamos nos orelhões) para andar de ônibus. Uma opção mais prática é adquirir um cartão que pode ser carregado com quantos pesos você quiser.
O que visitar na cidade?
Assim que chegar em Córdoba, ande sem compromisso pelos arredores de La Cañada, um canal bem simpático rodeado de árvores que atravessa o centro da cidade. Tem três quilômetros de extensão e foi construído em 1671. Fiquei encantada assim que cheguei lá. Quando cansar de bater perna, escolha um dos dezenas de bares que existem por lá para descansar e tomar uma Quilmes, a cerveja nacional.
Foto: Fabiana Maranhão
- Mina Clavero: no meio da cidade passa o rio que deu nome ao local. Muita gente aproveita que a água é limpa para se refrescar. É a praia de quem mora nesse município. Margeando o rio, você chega num área mais reservada, rodeada de montes de pedras, onde o banho é mais tranquilo. As serras no horizonte completam a bela paisagem.
- Alta Gracia: a cidade tem poucos atrativos turísticos, mas vive cheia por um motivo especial: na rua Avellaneda, uma casa atrai em qualquer época do ano uma multidão curiosa para conhecer o local onde Ernesto Guevara, El Che, passou parte da infância e adolescência. A residência abriga um museu repleto de fotos, cartas e objetos que pertenceram a ele. É uma oportunidade única de conhecer a vida desse revolucionário. É difícil para quem admira Che Guevara não se emocionar aos percorrer os cômodos da casa. Dica: a poucos metros do museu, na mesma rua, o restaurante-hospedaria Sol do Polén oferece a típica comida cubana que é servida pelo próprio dono. É Seu Javier, uma simpática figura que se parece muito com El Che.
Foto: Fabiana Maranhão
- La Cumbrecita: é muito fofa! Não consigo encontrar outro adjetivo para descrevê-la. No lugar, só se entra a pé. Um aviso gigante logo na entrada alerta para a proibição da circulação de carros. O caminho de pedra nos conduz pela cidade que parece ter parado no tempo. Faz lembrar uma cidade de conto de fadas, mas tem gente morando de verdade lá. Ao fim do percurso, nos deparamos com uma bela cachoeira. Perfecto!
A Argentina não é só Buenos Aires ou Bariloche. Quando tive a oportunidade de passar um mês lá, decidi conhecer uma outra Argentina, sem o El Caminito, La Bombonera e casais dançando tango pelas ruas; uma Argentina que não é vendida pelas agências de turismo. Fui parar em Córdoba, no coração do país.
Distante pouco mais de 700 km da capital, a cidade chama a atenção pelo verde, pelas largas avenidas e pelos monumentos históricos. Se Buenos Aires é São Paulo, Córdoba seria Recife, com bem menos violência, claro. Mas é sempre bom estar atento, isso em qualquer parte do mundo.
Sugiro visitar a cidade entre os meses de março e maio ou setembro e novembro, quando o clima é ameno. No verão, os termômetros chegam a atingir os 40ºC; no inverno, as temperaturas despencam para graus negativos.
É fácil andar pela cidade. O sistema de transporte público é bom se compararmos com os ônibus que circulam em Buenos Aires. É possível chegar em toda parte de Córdoba de busão, embora os locais mais legais para visitar possam ser percorridos a pé mesmo. Para os não tão dispostos, bancas de revistas e de guloseimas vendem fichas (parecidas com as que usávamos nos orelhões) para andar de ônibus. Uma opção mais prática é adquirir um cartão que pode ser carregado com quantos pesos você quiser.
O que visitar na cidade?
Assim que chegar em Córdoba, ande sem compromisso pelos arredores de La Cañada, um canal bem simpático rodeado de árvores que atravessa o centro da cidade. Tem três quilômetros de extensão e foi construído em 1671. Fiquei encantada assim que cheguei lá. Quando cansar de bater perna, escolha um dos dezenas de bares que existem por lá para descansar e tomar uma Quilmes, a cerveja nacional.
Depois de uma noite bem dormida, se aventure pelo centro histórico da cidade. É belíssimo! Os principais monumentos e prédios históricos ficam em ruas peatonais, ou seja, onde carro não passa. Não deixe de visitar La Manzana Jesuítica, que é considerada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. É um conjunto de construções que datam da fundação de Córdoba (a cidade completa 438 anos neste mês de julho) formado pela Igreja Jesuítica, uma capela, a residência dos padres, a reitoria da Universidade Nacional de Córdoba e o Colégio Nacional de Monserrat. Quando se está diante desses prédios, a sensação é que voltamos no tempo. Perto dali, está o Cabildo, onde funcionava a administração colonial. Um detalhe interessante é que no chão em frente ao prédio há uma espécie de desenho da sombra da construção. Juntinho tem a Plaza San Martin, a mais conhecida de Córdoba e que serve de ponto de referência.
Foto: Fabiana Maranhão
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| As construções do centro histórico datam da fundação de Córdoba |
Fora do centrão, você encontra mais igrejas (inclusive a catedral), museus e, para os que gostam de curtir o verde, o Parque Sarmiento, o maior de Córdoba. Gosta de sorvete? Recomendo os de Córdoba: são "maravillosos"! E à noite, tem o que fazer? Não estranhe se te convidarem para um boliche. É assim que eles chamam as baladas. Na área central e nos bairros de Alta Córdoba e Nueva Córdoba, existem diversos bares e boates. Sugiro ir ao Studio Theater que funciona num antigo teatro que foi reformado. Deu fome? Recorra às famosas empanadas argentinas. Tem em tudo que é restaurante, bar, etc. Uma delícia!
Explore a província de Córdoba
Para quem gosta de turismo de natureza, os arredores de Córdoba são de encher os olhos. A cada fim de semana, escolhia uma cidade próxima para conhecer. É fácil: basta ir até o terminal de ônibus e comprar a passagem na hora: tem ônibus saindo a cada 30 minutos, 45 minutos, uma hora, dependendo do destino. Tive o prazer de visitar três pequenas e charmosas cidades:Foto: Fabiana Maranhão
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| Mina Clavero: a "praia" da serra porteña |
- Mina Clavero: no meio da cidade passa o rio que deu nome ao local. Muita gente aproveita que a água é limpa para se refrescar. É a praia de quem mora nesse município. Margeando o rio, você chega num área mais reservada, rodeada de montes de pedras, onde o banho é mais tranquilo. As serras no horizonte completam a bela paisagem.
- Alta Gracia: a cidade tem poucos atrativos turísticos, mas vive cheia por um motivo especial: na rua Avellaneda, uma casa atrai em qualquer época do ano uma multidão curiosa para conhecer o local onde Ernesto Guevara, El Che, passou parte da infância e adolescência. A residência abriga um museu repleto de fotos, cartas e objetos que pertenceram a ele. É uma oportunidade única de conhecer a vida desse revolucionário. É difícil para quem admira Che Guevara não se emocionar aos percorrer os cômodos da casa. Dica: a poucos metros do museu, na mesma rua, o restaurante-hospedaria Sol do Polén oferece a típica comida cubana que é servida pelo próprio dono. É Seu Javier, uma simpática figura que se parece muito com El Che.
Foto: Fabiana Maranhão
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| A histórica La Cumbrecita não permite circulação de carros |
Travel to Argentina - Córdoba
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http://www.welcomeargentina.com/index_p.html
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