15 de junho de 2011

#Estasdebroma: Canja de galinha e cuidado nunca são demais

A seção "Estás de broma" dá um tempo no seu lado divertido hoje e traz uma história que serve como alerta para muitas mulheres que viajam sozinhas para países onde a cultura é pouco conhecida. Aliás, a nossa ideia é reunir aqui casos que mais parecem brincadeira, sejam eles engraçados ou perigosos.

A autora desta semana é a administradora pernambucana, Ana Addobbati, que fala com toda a experiência de quem morou na Ásia por mais de um ano, a trabalho. Além de muita cultura e amigos, ela trouxe na bagagem dicas valiosas da China. Hoje, Aninha (como é conhecida) ri de várias situações. Mas, essa história poderia ter acabado mal...


Esse ano estive em São Paulo para um curso na área de Marketing Internacional. Na sala, vários estudantes e profissionais, a maioria com alguma vivência no exterior. Chegou-se ao tema: É seguro para as mulheres viajarem por aí sozinhas? Cada um que dê seu relato.

O professor citou o caso de uma aluna que foi a negócios para Angola. A universitária chegou a ouvir do taxista conselhos para que não saísse do hotel caminhando sozinha. Achando um exagero, resolveu dar uma volta na ensolarada Luanda. Não tardou para que um homem a arrastasse para uma obra para estuprá-la. A sorte foi que, a poucos metros, um taxista a avistou e a seguiu, já prevendo que algo de ruim fosse acontecer. O motorista ofereceu uma boa quantia em dinheiro para o cara em troca da liberdade da moça e assim, conseguiu libertá-la e evitar o pior.

# Ficaadica: Ouvir sempre os conselhos dos moradores locais. Mesmo que soem improváveis, bizarros, o que seja.


Foge, foge Mulher Maravilha!
Algo semelhante me ocorreu na China. Quando morava em Wuhan, cidade do Interior que ainda se acostumava com a presença estrangeira, meus colegas chineses me diziam para tomar cuidado e evitar sair à noite sem um chinês ao lado. Achei exagero porque, como se sabe, na China, não há armas de fogo. Sendo assim, não haveria assaltos. Considerei apenas a possibilidade de não sair sozinha, afinal, mulher é sempre mais vulnerável. 



Ana morou na China por mais de um ano e teve que se adaptar aos costumes asiáticos

Eis que marquei de sair para jantar com uma amiga canadense. Era inverno dos brabos. Saímos do hotel em que morávamos vestidas dos pés à cabeça. Tomamos um táxi na porta do meu hotel em direção a um restaurante onde iríamos jantar. Eis que dois chineses em um carrão trancaram nosso automóvel e quiseram entrar a todo custo. Minha amiga conseguiu trancar a porta, eu consegui chutar o chinês com o salto da minha bota. O taxista não entendia nada, a gente menos ainda. Mandei o motorista nos levar até um bar, onde meus amigos estavam. Não queria que eles soubessem onde eu morava. Os chineses ainda nos seguiram, mas daí tiveram de dar satisfações aos meus amigos talibãs. Salva pelos homens-bomba!



Nas horas de perigo, uma bota de salto alto pode virar uma boa arma

Quando comentei com os meus colegas chineses, eles só disseram: “Eu avisei”. A história de andar com um chinês ao lado era para evitar esse tipo de assédio. Não importa como eu estivesse vestida ou me portando, a imagem da mulher ocidental nos grotões da China é a de disponível. Hollywood demais na cabeça de uma sociedade conservadora.

Depois dessa, aplico o questionário de “segurança” aonde vou. Sem questionar, nem subestimar as dicas de quem vive no local e sabe exatamente o que se deve e não se deve fazer. Marreta é chapéu de mané. Não dá para bancar o esperto.


Mulheres: se não têm super poderes, ouçam sempre os conselhos dos moradores locais


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